
Há tempos a Moringa oleífera – árvore originária da Índia e comum no Nordeste – vem sendo pesquisada como uma possível fonte de óleo para a produção de biodiesel. A espécie acaba de ganhar mais uma função para a indústria, cientistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) estão pesquisando o uso de um extrato obtido a partir das folhas da planta como ativo antioxidante para o biocombustível.
Num artigo publicado na edição de abril da revista Fuel, pesquisadores da UFU relatam que notaram que o biodiesel fabricado a partir do óleo da moringa apresenta estabilidade oxidativa superior ao produzido a partir de outras fontes.
Eles, então, começaram a estudar o fenômeno e passaram a testar o efeito da adição de um extrato produzido a partir do processamento das folhas da árvore em amostras de biodiesel feitas a partir de óleo de soja, milho, canola e girassol. “Nossos resultados evidenciam o potencial antioxidante do extrato das folhas da M. oleífera como aditivo para biodiesel”, diz o químico Rodrigo Muñoz, autor principal do estudo.
Segundo o estudo, a adição do extrato derivado da moringa ao biodiesel feito com óleo de soja conseguiu aumentar a estabilidade oxidativa do biocombustível por um fator de duas vezes e meia. Performance melhor do que a obtida usando antioxidantes sintéticos disponíveis no mercado.
A oxidação do biodiesel leva à produção de compostos que podem corroer as peças do motor e à formação de borras que obstruem o sistema de injeção. Portanto, quanto mais o biocombustível demora para oxidar, melhor a sua qualidade e eficiência.
Um resumo do artigo pode ser consultado clicando aqui.
Com adaptação BiodieselBR.com